Periodo fertil
- Oocito da cadela tem maturação.
- Espermatozoides mantém viabilidade no utero até 5 dias. Ficam armazenados nas criptas uterinas e libertam-se para fertilizar o oocito.
Seguimento do ciclo éstrico
- Monitorização do ciclo estrico para estabelecer o estro e tempo óptimo de cruza.
- Incompatibilidade macho-fêmea, disponibilidade do macho ou nº de IA.
- Sémen refrigerado e congelado têm menor duração (24 e 12 horas respectivamente) - necessitam de boa determinação do periodo fertil.
- Comportamento: flagging da cauda e posição receptiva à monta.
- Aumento da vulva e descarga serosanguinolenta.
- Vaginoscopia: a mucosa vaginal tem pregas transversais engurgitadas no proestro e estro (estrogenios).
- Ecografia é pouco util na cadela: imagem do foliculo antes e depois da ovulação é semelhante (luteinização do foliculo antes da ovulação). Só tem valor se repetida ao longo do dia.
- Avaliação de hormonas (progesterona e LH) - melhor.
Citologia Vaginal
- Alterações por acção de estrogenios (aumento de 17b estradiol) - medida indirecta.
- Proestro com aumento de 10% de celulas cornificadas por dia. Estro com mais de 90% de celulas cornificadas.
- 1 a 2 dias após estro há pico LH, 2 a 4 dias ovulação. Mas só nas que estro dura 9 dias.
- 1º dia de diestro permite determinar ovulação (retrospectiva) e parto (prospectivo). Não permite previsão de ovulação, tem apenas valor retrospectivo.
Doseamento de LH
- Determinar pico: 2 dias antes da ovulação.
- Permite determinar o tempo da ovulação e inseminar 2 dias depois.
- Medição diária e preferencial 2x ao dia visto que o pico tem pouca duração, caro.
Doseamento de Progesterona
- Boa estimação do período fértil.
- Aumento coincide com o pico pre-ovulatorio de LH 2 dias antes da ovulação (1.5 a 2.5 ng/ml). Na ovulação > 4 a 8 ng/ml.
- Há kits ELISA semi-quantitativos (diferentes tons de azul) mas são pouco fiáveis.
- Avaliação quantitativa em laboratório, se cedo têm-se resultado no dia.
- Recolha de amostra sempre à mesma hora (alterações fisiológicas).
- Deve iniciar-se quando >70% de celulas cornificadas.
- Valor de 3 ng/ml - pico de LH no dia anterior.
- Boa estimação do período fértil.
- Aumento coincide com o pico pre-ovulatorio de LH 2 dias antes da ovulação (1.5 a 2.5 ng/ml). Na ovulação > 4 a 8 ng/ml.
- Há kits ELISA semi-quantitativos (diferentes tons de azul) mas são pouco fiáveis.
- Avaliação quantitativa em laboratório, se cedo têm-se resultado no dia.
- Recolha de amostra sempre à mesma hora (alterações fisiológicas).
- Deve iniciar-se quando >70% de celulas cornificadas.
- Valor de 3 ng/ml - pico de LH no dia anterior.
Seguimento para monta ou IA
- Citologia vaginal a partir do 5º dia de proestro (inicio do cio registado pelo dono), dia sim dia não até 1º dia de diestro. Citologia a meio do proestro dár 50% cornificadas e 50% não cornificadas.
- Progesterona dia sim dia não a partir de >70% de células cornificadas e até ovulação.
- Recolha de sangue.
- Até ovulação (> 4 ng/ml) e então suspender recolhas.
- Monta natural: sem limite de nº de montas, citologia vaginal determina 5º dia de proestro e cruza dia sim dia não até diestro. Vigiar montas.
- Sémen fresco: dias alternados; 3º e 5º, ou 4º e 6º, após pico de LH (maior viabilidade).
- Sémen refrigerado: dias seguidos, 3º e 4º, 4º e 5º, 5º e 6º após pico de LH (variação com fim de semana e feriados). Existem diluidores (5 a 10ºC) que permitem maior conservação do sémen.
- Sémen congelado: deposição intra-uterina (semen de menor viabilidade). Normalmente só temos 1 hipotese (1 palheta) e inseminamos 3 dias após a progesterona estar > 5 ng/ml (ovulação e oocitos maturados).
- Cirurgica: laparotomia ventral (abertura pequena), catateriza-se o utero com cateter borboleta e deposita-se, usando uma seringa, ½ em cada corno uterino. Tecnica rápida, muito utilizada nos USA.
- Endoscopia transcervical: requer investimento. Introdução do endoscopio rigido metalico na vagina (cadela em cio aceita) e com objectiva virada para cima que permite ver o cervix e bainha da palhinha. Passa o cervix e deposita-se com uma seringa no utero. Pode ver-se o refluxo (objectivo: 2 ml no utero sem refluxo).
- Cateter noruegues: sente-se o cervix edemeatoso à palpação transabdominal que permite orientar o cervix com a mão e passa-lo com a bainha plastica e estilete metalico. Técnica complicada.
Diestro, Gestação, Pseudogestação
Eventos endocrinos
Progesterona
- O corpo luteo é a unica fonte de progesterona na gestação canina (minimo 2 ng/ml).
- Progesterona tem valores semelhantes no diestro e gestação (um pouco maior na gestação mas o metabolismo também está aumentado) por isso não se usa como diagnostico de gestação.
- Aumenta no estro, tem pico no diestro (15 a 30 dias) e desce na ultima semana pre-parto.
Prolactina
- Hormona luteotrofica (mantem CL). Relação inversa à progesterona.
- Está baixa no diestro, aumenta a meio da gestação e aumenta muito no final da gestação.
- Tem valores elevados em gestantes. Em não gestantes tem níveis baixos, no entanto pode fazer pseudogestação e ter valores um pouco mais elevados.
- A dopamina é um agonista.
Relaxina
- É a única especifica na gestação (importante nos carnívoros). Aumenta a meio do diserto. Tem origem na placenta e ovários.
Diagnóstico de Gestação
Palpação abdominal- Detecta sacos gestacionais (tipo nozes) a partir de 21 a 31 dias após inicio de diserto (88% eficácia).
- Não permite determinar numero exacto nem viabilidade fetal.
- Após o dia 50 pode sentir-se os cachorros directamente na parede abdominal (movimento).
- Diagnostico diferencial: piometra, fezes, tumores.
- Inicialmente são bolas e depois funde-se.
- 45 a 48 dias após pico de LH. Para contagem de fetos e tamanho aos 55 dias.
- Não dá viabilidade. Permite determinar morte fetal com mais de 48 horas (sinais).
Ecografia
- Sacos gestacionais visíveis aos 18 dias após pico de LH, melhor aos 21 a 23 dias.
- Melhor 20 dias após inicio de diestro, 28 dias após pico de LH.
- Mais eficaz que palpação.
- Dá viabilidade fetal (> 200 bpm aos 23 a 29 dias após pico LH).
- Contagem de fetos não fiável, pode haver reabsorção, pode dar estimativa.
- Kit rápido pode ser utilizado em casa.
- Pode manter-se elevado no pós-parto e após aborto.
- Usado ao dia 20, mas é melhor ecografia.
Proteinas de "fase aguda"
- Presentes 29 a 37 dias após cruza. Existia um kit comercial.
Duração da Gestação
- 57 a 71 dias após cruza - variável sem seguimento porque não sabemos data da ovulação.
- 63 dias após ovulação.
- 65 dias após pico LH.
- 57 dias (+- 2) após 1º dia de diestro - importante dizer citologia até diserto.
- Tamanho da ninhada: menor ou igual a 3 cachorros tem maior risco de durar mais 3 dias, ainda há duvidas sobre a sua influencia. A raça também pode influenciar (Labradores, German Shepherd Dogs, Golden Retrievers).
Parto
- Feto induz o inicio do parto - na cadela a progesterona desce a 2 ng/ml cerca de 24h antes do parto. Se mantiver > 2ng/ml fazer ecografia. Doseamento da progesterona periparto é util e não transitoria.
- A diminuição da temperatura corporal é transitória - a progesterona é termogenica e desce, o centro termorregulador tem que se adaptar à diminuição. É dificil de detectar, só medindo 2 a 3x por dia.
- Aumento do ACTH fetal leva a aumento do cortisol fetal que causa libertação de prostoglandinas placentais. Estas mudam o metabolismo de progesterona para estrogenio.
Fase I
- 6 a 12 horas, até 36 horas.
- Alterações comportamentais: irrequieta, nervosa, faz ninho, arranha o chão, arfa, treme, recusa comida.
- Desce a temperatura 24 horas antes do inicio da fase II - libertação de prostaglandinas e quebra abruta na progesterona
- Dilatação do cervix (difícil de ver), inicio de contracções uterinas (tocodinamometro).
- Corrimento claro e mucoide
Fase II
- 3 a 6 horas, até 24 horas no total.
- Cervix totalmente dilatado, fase propulsava activa (contracções abdominais), expulsão de fetos.
- O cachorro estimula o cervix e a vagina anterior iniciando o reflexo de Ferguson (contracções uterinas).
- Intervalo entre cachorro de 10 a 60 minutos, até 2 horas.
- Apresentação anterior dos cachorros só em 60%, apresentação posterior é normal.
Fase III
- Expulsão de placentas.
- Pode ocorrer intercalada com fase II.
- É dificil diferenciar esta dase do final do parto.
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