Objectivos do programa de controlo reprodutivo:
- Aumentar a eficiencia reprodutiva - fertilidade - necessita parametros objectivos - índices de eficiencia reprodutiva.
- Incremenetar a rentabilidade da exploração.
Efeito Multifactorial na Fertilidade
- Sanidade: brucelose e tuberculose, mastites, desvios de abomaso, neosporose (principal causa de aborto), etc.
- Maneio e nutrição.
- Instalações: sala de partos e área de alimentação, recria de novilhas (+++).
Análise Temporal do Índices
- Comparar índices com valores desejáveis.
- Evolução dos índices (de 3 anos).
- É suplemento essencial mas não uma substituição da intervenção veterinária.
- Confirma problemas com visita.
Classes de Animais Examinados para Controlo Reprodutivo
- Novilhas com peso/idade para cobrição, não inseminadas.
- Vacas pós – parto: 20 d, PVE, PVE + 18 d
- Podem ter quistos, anestro de lactação, metrites - não se insemina aos 21 dias.
- PVE: periodo voluntário de espera, tempo após parto que não se insemina para recuperar mesmo que entre em cio. 45 a 60 dias.
- Fazer visita às 3 semanas e depois do periodo voluntário de espera.
- Vacas sem IA após PVE
- Vacas com sinais de patologias reprodutivas (metrites - corrimentos vulvares)
- Vacas para diagnóstico de gestação (28/38 d vs 42/60 d)
- Vesicula amniotica aos 38 dias mas cuidado na palpação.
- Ecografia aos 28 dias, se não está prenha dá-se PGF para ciclar.
- Palpação aos 42 com menor risco para o feto.
- Fêmeas sujeitas a tratamentos reprodutivos na visita anterior e ainda não inseminadas - ver se curou.
- Necessidade do exame mensal: palpar 15% do efectivo.
Acção planificada:
- Analisar indices e estabelecer objectivos.
- Controlo reprodutivo.
- Multidisciplinar.
Detecção de Cios
- Falhas na detecção é a principal causa de diminuição de eficiencia reprodutiva (leite).
- Aumentar eficiencia tem grande impacto economico (↑ 40-60% = +70€ vaca/ano).
- Se a detecção for boa, 85% das vacas à palpação estão gestantes (Portugal está menos de 70%).
- Não se relaciona com a fertilidade.
- Detecção: pedometros (aumenta actividade no cio), montas, ciclização por farmacos.
Caracteristicas do Cio na Vaca
- Reflexo de imobilidade / standing estrus (deixa montar - estradiol elevado) é o unico sinal seguro.
- Duração: 3 a 7 segundos.
- Numero: 2 a 20.
- Duração do cio: 15 a 18 horas (6 a 30).
- Problema: em piso de cimento só 37% deixa montar.
- 2 periodos diários de 30min para detectar cio aumenta eficiencia para 74%.
- Cuidado: monta no pro-estro e metaestro tambem (elevado estradiol).
- Ovulação após 24 a 36h após cio, independente da duração do cio.
- Regra am/pm para IA: insemina-se 12h mais tarde para o semen ter 12h para capacitar (se viu cio de manhã insemina à noite e vice-versa).
- Sinais secundários: montar, corrimento vulvar tipico, vocalização, inquietude, GSA/SAG (grupos sexualmente activos), flémen. Durante o periestro e não se relaciona com tempo de ovulação.
Caracteristicas de baixa eficiencia de detecção de cio
- Poucos cios detectados antes da 1ª IA.
- Intervalo parto - 1ª IA superior a 18 dias além do PVE.
- Interestros aumentados (deve ser 21-21 dias).
- Se mais de 15% não está gestantes no diagnostico de gestação.
- Confirmação clinica de cio (utero, foliculo) ou ovulação (CL) sem serem vistas em cio.
Causas de má detecção
- Uso de sinais secundarios de cio ou desconhecimanto dos sinais.
- Inadequada identificação de animais.
- Utilização incorrecta de sistemas auxiliares de detecção.
- Insuficiente observação das vacas.
Aumentar eficiencia
- Melhorar identificação.
- Separar vacas com sinais secundários (GSA).
- Ajustar nutrição, controlo sanitario, melhorar ambiente.
- Registos - após 21 dias de IA tem cio se não gestante.
- Responsabilização individual pela detecção de cios - observação.
- Utilizar a altura propria para detecção de cios.
Metodos auxiliares
- KMAR - marca vacas montadas com tinta fluorescente.
- Tail paint / marcadores de cauda - suja a cauda.
- Touros vasectomizados, epididectomizados, desvio de penis; fêmeas androgenizadas - com tinta.
- Cabeças marcadoras (chin-ball).
- Pedometros - aumento do padrão de movimento individual.
- Cristalização do corrimento vulvar - faz cristal em lamina.
- Resistencia electrica do corrimento vulvar (diminuida).
- Inseminação em tempo fixo: ovo-sync
Factores que influenciam expressão do cio
- Instalação e piso.
- Problemas de unhas e locomotor.
- Manada - um unico animal em cio não se vê, problemas de dominancia.
- Mais evidente à noite, se estiver em alimentação ou ordenha não demonstra.
- Temperatura.
- Nutrição e produção de leite (caminha mais, come menos, diminui produção).
- Genética.
Indices de eficiencia reprodutiva
- Intervalo entre -partos (12-13 meses)
- Atraso, elevado bias, exclui refugo e primiparas.
- Utilizado como objectivo mas não como parametro da eficiencia reprodutiva.
- Intervalo parto - 1ª IA (60-70 dias, intervir se > 80 dias)
- Se muito longo: fraca detecção de cio (1ª), anestro pós-parto, metrite, quisto, nutrição (2ª).
- Depende do PVE.
- Intervalo parto - prenhez (days open) (85-120 dias, intervir se >130 dias)
- Inclui anteriores e avaliação indirecta de fertilidade.
- Período voluntário de espera (PVE - VWP)
- Taxa de detecção de cios
- Dias em lactação (DIM)
- Eficiencia à detecção de cios (50-70 %)
- % Eficiencia = (21 / média intervalo de cios) x 100 (após PVE)
- Objectivo > 70%.
- Assumimos todas vacas ciclicas, os cios detectados correspondem a cios reais, todos cios com 21 dias.
- Prenhez à 1ª IA (50-55 %)
- Eliminação por reprodução / lactação (< 8 (>15%))
- Idade ao 1º parto (21-25 meses)
- Abortos (%) (<5%)
Índices directos de fertilidade
- Taxa de prenhez (15%)
- Em 21 dias - probabilidade da vaca ficar gestante em 21 dias.
- Nº de vacas inseminadas e gestantes no periodo de 21 dias.
- Vacas vazias pós-PVE com 11 dias no periodo de 21 dias.
- Vantagem: vacas não gestantes contribuem para indice.
- PGF melhora artificialmente a taxa.
- % de NR (não retorno) - 60, 90, 120 dias.
- Se aos 90 dias não tenho outra IA, não retornou a cio logo está prenha.
- Melhor % elevada, menos dias.
- Indice com erros, usa-se porque IA é registada por lei e não necessita do veterinario (ex. vacas em anestro nutricional).
- % NR 1ª IA: 70 a 75.
- % NR vai ter melhores valores que parto ou prenhez.
- %NR, % prenhez, % partos à 1ª IA.
- %NR, %prenhez, %partos / nº IA pós-parto
- Nº IAs/prenhez (gestantes vs inseminadas) - 1,7 a 2,2.
- Nº total IA / Nº vacas prenhas
- Pode considerar todas as fêmeas inseminadas ou apenas gestantes.
Situação em Portugal
- Elevada fertilidade (bom nº IA/prenhez, boa % parto à 1ª IA)
- Má detecção de cios (38%) - interfere com %NR.
- No entanto os índices têm piorado progressivamente e a produção de leite aumentado. Relação inversa entre produção de leite e fertilidade? Geneticamente não, as condições é que não são ideais (sistema de produção, nutrição, infra-estruturas, maneio).
- Solução
- Cios: Ovosync, pedometros.
- Taxa de prenhez: assistência multidisciplinar para diminuir intervalo parto-prenhez com metas anuais.
- Cruzamentos, selecção de touros de alta fertilidade, persistência de lactação (menos lactações, partos mais espaçados ou sem PVE), modificar sistema de produção (mais pastagem).
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