Inseminação Artificial
- Mais usada em bovinos de leite. Usada em bovinos de carne que não ficam prenhes à cobrição e associada a sincronização de cios.
- Não melhora eficiência reprodutiva (excepto se doenças venéreas porque há menor mortalidade embrionaria).
Objectivos
- Modificação rápida da genética da manada - maior aproveitamento do sémen, selecção de características do macho.
- Produção de reprodutores.
- Controlo de doenças venéreas (campilobacter, tricomonas).
Factores de Sucesso
- Efectivo: fertilidade, estado sanitário, nutrição.
- Maneio: detecção de cios, registos.
- Capacidade fertilizante do sémen.
- Manutenção e preservação de sémen.
- Técnica de inseminação (cranial ao cervix).
Pontos a Ponderar
- Nutrição e Sanidade
- Equipamento e infraestruturas (tronco para bovinos de carne)
- Sincronização vs cio natural.
- Raça das fêmeas, maneio, nº do efectivo a inseminar.
- Relação técnico - efectivo - maneio.
- Programas permanentes vs esporadicos.
Sincronização de cios e da ovulação
- IA ou monta num curto período de tempo.
- Encurta época de partos: vitelos mais pesados e uniformes, novilhas com menos idade à cobrição.
- IA a tempo fixo (bovinos de leite).
- Objectivo: 100% das fêmeas em cio no mesmo dia e a ovularem a menos de 6 horas de diferença.
Hormomas
- GnRH (fertagil, receptal).
- Progesterona P4 (CIDR, PRID).
- Progestagénios sintéticos, estradiol (MGA).
- PGF2a (Dinolytic, Enzaprost-E, Estrumate).
PGF 2a
- Provoca luteolise do corpo luteo.
- A resposta depende do estádio de crescimento folicular e luteolise (só 30% fica gestante). O diesto tem 2 a 3 ondas foliculares, com fases de crescimento, estática e regressão. Se há foliculo dominante e ocorre luteolise, este ovula. Se o foliculo está dominante estatico ou em atresia, um novo foliculo tem que ser recrutado para ovular, levando mais tempo.
- Administrações entre o dia 7 e 8 apanha o foliculo da primeira onda, ocorrendo ocupação em 2 a 3 dias. Administrações aos 10 dias vão depender da onda, se o foliculo estiver em atresia vai esperar por novo foliculo dominante.
- Podem não responder. Pode fazer-se dupla injecção se não responder.
Dia 0 (1º PGF2a) | Resposta | Dia 11 (2º PGF2a) | Resposta |
---|---|---|---|
0-6d | 7/21 não responde | 11-17d | Respondem todas ou ovulam, cio natural |
7d | Pode ou não responder | 8 ou 18d | " |
8-16d | 9/21 responde (cio após 2 a 5d) |
>8d | " |
Ovosync
GnRH dia 0
- Induz ovulação de folículos dominantes.
- Recruta crescimento de novos folículos.
- Luteiniza folículos dominantes estáticos ou em regressão.
PGF 2α dia 7
- Como todos os folículos foram luteinizados ou ovulados e as ondas foliculares sincronizadas, todas as vacas devem responder.
- Em novilhas dar mias cedo.
- Induz a ovulação de todas as vacas. Inseminar 16 h mais tarde.
GnRH + PGF 2α
- 5% a 15% das vacas em cio antes da aplicação da prostaglandina.
- Falha de resposta ovulatória à 1º GnRH (1-4d).
- Vacas com luteólise espontânea entre 1º GnRH e PGF2alfa (>10d).
- E em novilhas: taxa concepção 70% control vs 35% ovosync.
Progesterona P4
- Quando se retira o efeito prolongado da P4 ou derivados, dá-se o início a uma cascata de eventos fisiológicos semelhantes ao final do diestro, estimulando produção de PGF2α, luteólise e cio.
- Aumento de receptores de E2 no hipotálamo.
- Cio em vacas ovariectomizadas.
- Impede manifestação de cio em novilhas entre administração de GnRH e PGF 2a - aumenta taxa de fertilidade em novilhas.
- Formas de administração: intravaginal, PRID alpha Quick fit: 1.55 g Progesterona (CEVA), CIDR.
Recolha, Preservação e Transferencia de Embriões (TE)
Objectivos
- Propagação de material genético de fêmeas de elevado potencial.
- Bancos genéticos com o genoma de ambos progenitores.
- Animais geneticamente modificados.
- Preservação/multiplicação de embriões do sexo desejado (sexagem).
- Descontaminação de embriões (ou então neosporose).
Procedimentos
- Superovulação da dadora: FSH, eCG.
- Sincronização das receptoras (8-10 / dadora): ± 24 horas da dadora.
- Colheita de embriões (lavagem uterina): transcervical.
- Avaliação dos embriões: estadio de desenvolvimento e qualidade.
- Transferência (ipsilateral ao CL): transcervical - embriões frescos ou congelados.
Estimulação ovárica para produção de embriões
- Inseminar 2 vezes com 12 horas de intervalo porque há mais que um occito.
- 7 dias depois da 1ª inseminação já há morula e blastocistos que são retirados.
- A resposta das dadoras (superocupadas) é mais rápida à PGF 1a, por isso faz-se mais tarde.
eCG (dadora) | FSH (dadora) | PRID (dadora) |
---|---|---|
1º dia: eCG na dadora. 2º dia: PGF 2a nas receptoras. 3º dia: 2x PGF 2a na dadora. |
1º dia: FSH na dadora. 2º dia. FSH na dadora e PGF 2a na receptora. 3º dia: PGF 2a na dadora. 4º dia: FSH na dadora. |
0 h: PRID intravaginal. 2 h: GnRH. 4 h - 7h: FSH. 7h-8h: FSH + PGF 2a (+ retirar PRID). 9h: AI. 16h: recolha de embrião. 17h: PGF 2a. |
Limitações
- Os custos da TE são muito superiores aos da IA.
- Trabalho especializado.
- Resultados incertos (Média 6 embriões – 0 a 30).
- O ganho genético adicional da TE nem sempre implica ganho económico (na produção de leite apenas 20% é de origem genética).
Recolha de Oócitos e Produção In Vitro de Embriões
- Aspiração de oócitos.
- Selecção e maturação.
- Preparação de sémen.
- Fertilização.
- Cultura de embriões.
- Embriões.
Utilizações
- Utilização do material genético de fêmeas abatidas.
- Reprodução de vacas subférteis ou estéreis (associado à OPU).
- Reprodução de vacas gestantes (associada à OPU).
- Aumentar a fertilidade de vacas repetidoras.
Aspiração Ecoguiada de Oócitos (OPU)
- A técnica de OPU associada à fertilização in vitro tem o potencial de poder produzir números elevados de embriões.
Clonagem
- Utilização de células de um indivíduo e oócitos de um outro.
- Potencial utilização para conservação de animais em riscos de extinção.
- Pode não requerer manipulação reprodutiva do animal doador do material genético.
- Biópsias de blastómeros.
- Enucleação de oócito.
- Reconstrução e fusão dos blastómeros no oócito enucleado.
- Cultura de células somáticas (fibroblasto).
- Privação nutricional das células (G0).
- Enucleação do oócito.
- Reconstrução e fusão da célula somática com o oócito enucleado.
Vantagens
- Estudos genéticos e fisiológicos.
- Multiplicação de espécies em extinção
Desvantagens
- Custo/complexidade.
- Taxa de insucesso (99%).
- Desconhecimento de mecanismos de biologia celular
Animais Transgénicos
- Manipulação do genoma com vista à introdução de genes exteriores ao animal.
- Realiza-se por: Injecção no pró-núcleo ou transferência de células estaminais.
- Um gene de uma proteina é injectado em ovos fertilizado ou em células estaminais embrionárias. 10 a 20% dos animais vão apresentar uma copia do gene.
- Não se sabe o impacto na saúde humana, ainda é um assunto controverso. Não entram para consumo na UE.
- Produção de vacinas
- Vários campos : embriologia, genética e fisiologia.
- Bases genéticas para estudos de doenças.
- Testagem de terapias.
- Proteínas para uso em Medicina Humana.
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