IS II: Inspecção de outros produtos

Coxas de Rãs

• Consumo exclusivo da coxa (33% PV).
• Risco de extinção: destruição de habitats, poluição, fungo Batrachochytrium dendrobatidis, alterações climáticas, caça.
• Aumento do consumo. Indonesia é o principal exportador.

Criação em cativeiro / Ranário

• Rã-touro (Rana catesbeiana): precocidade, prolificidade, rusticidade, magra, elevado indice de sais-minerais.
• Poiquilotermicos: optimo 26 a 28º..
• Água ligeiramente ácida, elevada concentração de O2.
• Baixo índice de conversão, canibalismo, elevado investimento, baixo lucro.
• Abate: insensibilização por choque electrico e sangria.

Sanidade

• Elevada densidade predispões a infecções.
• Aeromonas hyrophila: lesões hemorragicas e congestivas na parede ventral e flancos do corpo da rã (red legs), ficam edematosos por insuficiencia renal.
• Fungos: Saprolegnia com lesões cutâneas irreversíveis e altamente contagioso.

Controlo oficial

Reg. 853/2004, 854/2004, 2074/2005.

• Coxas de rã: partes posteriores do corpo seccionado transversalmente por trás dos membros anteriores, evisceradas e esfoladas, de animais da espécie Rana (Família Ranidae).
• Abate num estabelecimento próprio.
• Preparação deve ter sala para armazenagem e lavagem de rãs vivas, separada da sala de abate e sangria.
• Mortas por processo diferente do abate não devem ser usadas para consumo.
• Sujeitas a exame organoleptico por amsotragem. Se apresentar risco não utilizar para consumo.
• Imediatamente após preparação, lavar coxas com água corrente e refrigerar a temperatura proxima do gelo fundente, congeladas ou transformadas.
• Reg 1664/2006 apresenta o modelo de certificação sanitária para importação de coxas de rã.

Caracois / Helicultura

• Consumo em meses de verão. UE importa, Marrocos exporta (refrigerados).
• Gastropodes: portadores potenciais de patogenia, sentinelas de contaminação (muito contacto com o meio).
• Sistema misto com parques de engorda no exterior e alimento composto (pronto engorde).
• Dependente da qualidade microbiologica dos solos e água.
• Inspecção transfronteiriça e comercialização.
• Pt: Otala lactea, Helix pisana, Cepae nemoralis, Helix hortensis.
• Concha: hepatopancreas, genitais, intestino (não se ingere porque sabe mal).
• Passam uma semana em terreno com ervas aromaticas, depois passam uma semana em jejum para diminuir metabolismo (purga) e são abatidos na cozedura.

Perigos

• Salmonela na superficie corporal.
• Concentração de oligoelementos (cobre, zinco, cádmio, chumbo) no hepatopancreas.
• Residuos de pedras ou areias no intestino.
• Caracois silvestres têm maior risco de enterobacteria e salmonella.
• Criterio de segurança: salmonella ausente em 25g.
• Criterio de higiene: E.coli 10 UFC/g, Staphiloccoccus coagulase positivo 1000 UFC/g.

Controlo Oficial

Reg. 178/2002, 852/2004, 853/2004, 1441/2007.

• Abate em estabelecimento para o efeito.
• Mortos sem ser por abate não utilizados no consumo.
• Se apresentar risco remove-se o hepato-pancreas.
• Se apresentar perigo não devem ser utilizados para consumo.
• Limite maximo de residuos: metais pesados, pesticidas.
• Exame organoleptico por amostragem.

Gorduras e Torresmos

• Gordura.
• Torresmo: residuo proteico resultante da fusão.
• Armazenagem de materias primas em refrigeração (<7º) excepto se a extracção decorrer até 12h.
• Proibida utilização de solventes.
• Requisitos oficiais:
• Temperaturas ≤70º, armazenamento a ≤7º por 24h; ≤ - 18º.
• Temperaturas >70º, não há requisito de armazenamento.

Buchos e Tripas

• Buchos: bexiga e estomagos.
• Tratamento: salga, aquecimento, secagem.
• Se não tratados refrigerar.

Gelatina e Colagenio

• Gelatina: proteinas naturais soluveis por hidrolise.
• Colagenio: obtido de vários materiais sendo os únicos ossos utilizados de suinos e não inclui nervos (diferente da gelatina).
• Peles com curtimento não podem ser utilizadas na produção de gelatina e colagenio.
• Separar materia-prima em conforme e não conforme.
• Não necessita refrigeração:
• Transformação em <24h.
• Ossos desengordurados e osseina.
• Couros salgados, secos, tratados com cal.
• Peles com tratamento alcalino / acido.

Cogumelos

• Cogumelos são o órgão reprodutivo - propagam esporos (Outono).

Nutrição

• Baixo valor caloiro.
• Ricos em proteínas (19 a 35%) e todos os aa essenciais.
• Lipidos < 8%, insaturados (ac. linoleico).
• Carbohidratos: polissacarideos indigeriveis.
• Vitaminas: B1, B2, B3, H, C.

Micetismo

• Intoxicação por cogumelos.
• Toxicidade glutaminergica: amanita.
• Reacção tipo dissulfuran: coprinus, ao ingerir álcool induz dor torácica que mimetiza enfarte.
• Toxicidade GI: Chlorophyllum, Lactarius, Tricholoma.
• Imunohemolise: Paxilus, Boletus, Clitocybe.
• Rabdomiolise: trocholoma equestre.

Controlo Oficial

Reg. 1234/2007, Reg. 543/2011.

• Qualidade sã e indicação do país.
• Silvestres: colheita por colectores habilitados (5kg / dia).
• Colheita em propriedades privadas têm que ter consentimento do dono.
• Plano de Controlo Agroindustria.
• Evitar colheita em zonas industriais, rodovias, zonas agrícolas com químicos e zonas urbanas.