Distócia
- 30 minutos com contracções fortes sem expulsão de cachorro. Esforços fracos e infrequentes por 2 a 3 horas sem cachorro. Mais de 2 horas entre cachorros (3 a 4h).
- Problemas obvios: cachorros presos na vagina, corrimento sanguinolento (corrimento verde é normal por descolamento da placenta),descolamento da placenta (deve nascer logo um cachorro senão há hipoxia).
Historia
- Quando iniciou fase II (contracções) e intensidade.
- Tempo decorrido desde o utlimo cachorro.
- Interveções previas: manipulação, ocitocina.
- Estado geral da cadela: se alerta faz-se manipulações, se destabilizada vai para cesariana.
- Factores predisponente: raça (+ raças de cabeça grande, Bulldog inglês, Boxer, Chao Chao; raças pequenas têm menor numero e cachorros maiores que induz distocia), idade (+ distocia no 1º cio), partições anteriores (reincidência de distocia), tamanho da ninhada (grandes é mais difícil por dilatação do útero; cachorro único pode não conseguir induzir parto).
Exame
- Exame digital: septo vaginal, toque na vagina liberta mais ocitoxina e induz reflexo de Ferguson.
- Vaginoscopia
- Ecografia: viabilidade e numero de fetos.
- Raio X: proporção feto-maternal, numero.
Maneio da distocia obstrutiva
- Por má posição ou desproporção feto-maternal - observável no raio X, seguir para cesariana.
- Não administrar ocitocina porque pode provocar ruptura.
- Manipulação digital e instrumentos estéreis e boa lubrificação, se a resultarão se obtiver em 15 minutos e os seguintes sem complicações.
- Flexão dos membros posteriores no cachorro pode provocar distocia.
- Pode tentar-se reposicionar o feto.
Inercia uterina primária
- Atraso no inicio da Fase II do parto, não há contracções do útero.
- Causas: cachorro único (estimulação insuficiente), ninhada muito grande (grande distensão do útero impede contracção).
- Feathering: estimulação do reflexo de Ferguson pelo toque com o dedo.
- Ocitocina: iniciar com a dose mais baixa e repete-se em 20 a 30 minutos até 3 doses (0.25 a 2 UI/Kg IM).
- Se não responde vai a cesariana.
Inercia uterina secundária
- Atraso no fim da fase II após 1 ou mais cachorros serem expulsos.
- > 4h após ultimo cachorro ser parido.
- Exaustão do útero após muito esforço, falta de cálcio ou glicose, fêmea idosa.
- Descartar obstrução ou fim de parto com ecografia ou raio x.
- Gluconato de cálcio 10% IV + glicose 10 a 50%, seguida 5 minutos por 1 a 2 UI ocitocina (não passar dos 4UI senão induz contacções desorganizadas, só 3 administrações).
- Grande probabilidade de necessitar de cesariana.
- Prognostico depende do estado da cadela. Se distocia prolongada pode haver exaustão, toxemia e morte fetal.
- Tocodinamometro: permite registar contracções uterinas e intesidade.
- Doppler fetal: dá a bpm e viabilidade (< 180 bpm é mau). No parto permite saber se está vivo.
Gestação prolongada
- Baseia-se em informações subjectivas do dono.
- Critico ter ponto de referencia para contar dias de gestação e data de parto.
- Descartar pseudogestação ou cálculo da data aproximada do parto incorrecta.
- Se ecografia e radiografia indicam fetos viáveis, então é melhor esperar.
- > 72 após cruza, > 65 dias após ovulação, > 60 dias após 1º dia de diestro.
Pseudogestação
- Um grande de numero de cadelas mostra evidencia de pseudogestação no diestro, mas de intensidade variável. É recorrente.
- Ocorre aproximadamente na altura que deveria ser o parto, cerca de 2 meses após cio. Assemelha-se a um pseudoparto.
- Possivel selecção natural no lobo para alimentar cachorros da loba alfa.
- A glândula mamaria pode desenvolver-se e ter lactação, pode haver imitação de parto, fazer ninho, perda de apetite, adoptar objectos.
- Não é causada por progesterona, mas parece ser causada por prolactina. No final do diestro há diminuição da progesterona e aumento da prolactina que induz desenvolvimento mamario e comportamento maternal. A dopamina e prolactina variam de forma inversa.
- Descartar: pós-parto (pode ter ocorrido parto sem conhecimento do dono, fazer ecografia), mastite, neoplasia.
- Factores que exacerbam sintomas: massajar a glandula mamaria, colocar "sacos/panos" quentes, retirar o leite, tranquilizantes derivados de fenotiazinas (antagonistas da dopamina).
- Tratamento
- Não tratar.
- Em situações mais graves:
- Progestagenios: estimula o útero e tem efeito na hipófise, ao retirar induz pseudogetação (não usar).
- Tranquilizante: não trata, só para ajudar o dono (nunca fenotiazinicos).
- Retirar todos os estímulos da glandula mamária.
- Agonistas da Dopamina: melhor opção, diminui a prolactina (Cabergolina PO é seguro mas pode encurtar intervalo entre cios, Bromocriptina).
- Agonista da Serotonina: outra via, muitos efeitos laterais (metergolina).
- Castração: elimina o prolema, no estro há mais irrigação e complica a cirurgia mas pode ser feito, castração no diestro diminui progesterona e induz pseudogestação, é melhor esperar por anestro.
- Acupuntura: os níveis de prolactina baixam mais cedos (e outros sinais também), vantagem de não administrar farmacos e não antecipar cio.
- Salsa: princípios activos que secam a glândula mamaria mas não há estudos, usado empiricamente. Tambem se usa salva, urtigas, erva cidreira, hortelã.
- Sequelas: hiperplasia mamaria, mastite. Patologia uterina (piometras) de igual incidencia. Fertilidade igual.
Gestação indesejada
Historia
- Estava mesmo em cio? citologia vaginal (se cruza em <24 pode ter espermatozoides).
- Quanto tempo esteve fora? 5 a 10 minutos é pouco, cruza dura 20 a 30 minutos.
- Querem cachorros? Nunca - ovariosterectomia. Reprodutora - probabilidade de gestante aguarda-se por diagnóstico de gestação por ecografia (18 a 20 dias após inicio de diestro).
Indução de aborto
- Estrogenios: proibidos, não se usa em reprodutoras, usa-se em estro antes de saber se ficou gestante, supressão da medula.
- Agentes luteoliticos: PGF2a e análogos, nunca antes do 5º dia de diestro (sem efeito antes), doses repetidas, provoca contracções e abertura do cervix (aborto). Prostaglandias (cloprotenol): IM com 48h de intervalo, até 45 dias, atropina 20 min antes. Aos 5 dias de diestro não sabemos se está gestante, melhor esperar por diagnostico. Como é cedo pode precisar de doses mais elevadas que induz mais efeitos laterais (vomito) e há lise precoce do corpo luteo. Controlo por ecografia para ver nº de fetos e expulsão total.
- Inibidores da acção da progesterona: inibe nos receptores, longo prazo (+ Aglepristona, Mifepristona). Administração precoce (< 25 dias) resulta sempre em reabsorção fetal (mais eficaz). Após o dia 25 de gestação há expulsão dos fetos em 5 dias em 90 a 95% dos casos (já ocorreu implantação, pode precisar de 2º tratamento). Algepristona tem o principio da pilula do dia seguinte, com 2 administrações. Fica caro em cães grandes. Seguir com ecografia 15 dias depois (não estimula contracções, pode fazer feto mumificado) e administrar antibiotico (cervi aberto). Metodo relativamente seguro.
- Privaprol: nunca, anti-mitotico administrado antes de diagostico de gestação.
- Antagonistas da dopamina: >40 dias após pico de LH, 100% eficaz. Pode fazer em casa, seguimento por ecografia obrigatório, cabergolina, bromocriptina.
- Combinação: bromocriptina + cloprostenol, cabergolina (PO SID 7 dias) + cloprostenol (SC dia 1, 3 e 5). Eficacia 100% se iniciado 25 dias após pico de LH-
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