Ectoparasitas dos Coelhos
Spilopsyllus cuniculi (pulga dos coelhos)
- Nas orelhas, prurido.
- Vector de mixomatose, cestodes, tularemia, Dipilydium.
- Tratamento: quarentena, evitar contacto com cães e gatos, tratador deve usar roupa especifica ao trabalho. Ivermectina subcutânea ao dia 1, 10 e 6 meses. Queimar as jaulas, aplicar inibidores de crescimento nas fossas (lufenuron).
- Em reprodutoras e jovens - o intervalo de segurança não interessa aqui.
Moscas
- Vector de Doença Hemorragica Viral.
- Poucos casos em intensiva.
- Armadilhas, ventoinhas, repelentes, fossas secas.
- Musca domestica: zonas de secreção e na ração.
- Hematofagas: vector de hematozoarios.
Nematodes dos Coelhos
Passalurus ambiguos
- Parasita do ceco e intestino grosso, pouco patogénico.
- PP: 56 a 61 dias.
- Diagnóstico: técnica da flutuação.
- Ciclo directo.
- Tratamento: fenbendazol, mebendazol, febantel, piperazina PO 1x.
Trichostrongylus retrotaeformis
- Gastrite catarral e enterite.
- PP: 20 dias.
- No exterior: ovo, L1, L2 e L3 (sujeito às condições atmosféricas).
- Não induz imunidade.
- Aumenta no Outono e Verão, forma L3 resiste ao Inverno.
- Diagnóstico: flutuação e coprocultura.
- Tratamento: secar a erva 1 dia antes de dar ao animal, fenbendazol, albendazol, mebendazol (14 dias).
Graphidium strigosum
- Problemas digestivos em lebres.
Strongyloides papillosus
- Intestino delgado em jovens, enterite.
- PP: 14 dias.
- Pode reproduzir-se no ambiente - controlo dificil.
- Eczemas nas patas por entrada das larvas (semelhante a pateira e sarna).
- Migração pulmonar
- Diagnóstico por flutuação.
- Tratamento: fenbendazol e por 5 dias (repetir passado 5 dias), ivermectina subcutânea em gestantes.
Ácaros dos Coelhos
Tratamento: quarentena, controlo de vectores e ambiente, queima das jaulas. Ivermectina a cada 6 meses, 10 dias x 10 dias. Caseiro: remover as crostas e aplicar benzoato de benzilo tópico por 3 dias. Imidaclopride e frontline.
Notoedres cati cunili
- Escavador.
- Cabeça.
Sarcoptes scabiei cunili
- Escavador, diferente de pateira
- Cabeça e patas.
Psoroptes cuniculi
- Não escavador.
- Orelhas, mas pode generalizar.
Chorioptes bovis cuniculi
- Não escavador.
- Canal auditivo.
Demodex cuniculi
- Escavador.
Capillaria hepática
- Hospedeiro definitivo: coelho, hospedeiro intermediário: carnivoro.
- Ovos no parênquima hepático - granulomatose, cirrose.
- Pouco frequente, não ocorre na intensiva.
- Biopsia, necropsia.
Protostrongylus
- Ovos nos bronquios, L1 é deglutida e sai nas fezes.
- Hospedeiro intermediário: caracol - exploração tradicional, selvagem.
- PP: 30 dias.
- Diagnóstico: técnica de Baerman (bifurcação traqueal).
- Tratamento: secar as ervas, fenbendazol, albendazol, ivermectina.
Céstodes dos coelhos
- Hospedeiro intermediario: invertebrados (cisticercose).
- Forma larvar é a mais importante em exploração intensiva.
- Tratamento: albendazol (N+C), niclosamida (C).
- Oncosferas no pasto.
Taenia pisiformis
- Larva: cysticercus pisiformis (1ª) - hospedeiro intermediário no coelho, lebre (peritoneu).
- Hospedeiro definitivo: cão e gato (intestino delgado).
- Migração hepática.
- Tratamento: secar a erva, não alimentar carnívoros com as vísceras de coelhos, eliminar lebres mortas, impedir acesso à ração dos coelhos por carnívoros. PO: praziquantel, fenbendazol, nitoscanato.
Taenia serialis
- Larvar: coenurus serialis - subcutânceo, tecido conjuntivo intermuscular (2ª no ambiente).
- Hospedeiro definitivo: cão, hospedeiro intermediário: coelho.
- Necropsia, nódulos, ecografia.
- Tratamentos: fámacos, cirurgia.
Echinococcus granulosus
- Larvar: quisto hidático - fígado (abdomen pendular) e pulmão - hospedeiros intermediários: lebres, ruminantes.
- Oncosferas viáveis sobrevivem 2 anos no ambiente.
- Humano: quistos, anafilaxia se romper.
- Diferenciar de cisticercus e coenurus.
- Tratamento: desparasitar cães, não dar carne infectada a cães, eliminar carcaças. Praziquantel e eliminar as fezes por 48 horas. Remoção cirurgica e fármacos no humano.
Hospedeiro definitivo no coelho
- Cittotaenia
- Andrya
- Paranoplocephala
Protozoários dos coelhos
Coccidiose (Eimerias)
- Mais abundantes são menos patogénicas.
- Desencadeia-se quando há imunossupressão (desmame, stress) - jovens.
- Diarreia, registos de produção.
- Mais em exploração caseira - fezes.
- Prevenção: quarentena, jaulas de rede, limpeza (vapor, amoníaco, queimar), maneio da fossa, vazio sanitário, coccidiostaticos na ração de desmame, água com sulfa-trimetroprim (3 dias) e depois água com vitaminas (1 a 2 ciclos).
- Tratamento: sulfa-trimetroprim (2 a 3 dias) na água e vitaminas (B, K, ácido fólico), intervalo de 3 dias.
Eimeria stiedae
- Hepática - ductos biliares.
- PP: 18 dias.
- Flutuação (observação de 1 Eimeria requer tratamento), necropsia (manchas amarelas purulentas no fígado).
- Tratamento: sulfadimetoxina na água.
Eimerias intestinais
- E. perforans: menos patogenica, intestino delgado.
- E. intestinalis: mais patogenica, intestino delgado.
- E. flavescens: mais patogenica, ceco.
- E. coecicola: pouco patogenica.
Ciclo das Eimerias: oocisto esporulado - ingestão - liberta esporozoitos no intestino - esquizogonia 1ª e 2ª geração - macro e micro gametocitos - fertilização - esporogonia - oocistos (4 esporocistos e 2 esporozoitos) - oocistos não esporulados nas fezes - esporulam no ambiente.
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