Maneio alimentar de vacas leiteiras de alta produção
Nível de produção de leite e eficiencia de lactação determinam a eficiencia económica da produção.Factores que afectam a necessidade
- Curva de produção de leite (estado fisiológico da vaca).
- Curva de produção de gordura e proteina.
- Curva de ingestão de matéria seca.
- Curva de variação de peso vivo (mobilização e deposito de reservas corporais, impacto na lactação, reprodução e bem-estar).
Curva de produção de leite
- Pico da lactação: 40 - 60 dias.
- Vacas primiparas (na primeira lactação) devem fazer picos 75% do pico das vacas adultas multiparas. Produzem menos porque estão em crescimento (desviam nutrientes) e têm menor capacidade de ingestão.
- < 75% - têm potencial genético inferior às vacas adultas na exploração, ocorreu um erro (ex. selecção de sémen).
- > 75% - estamos a alimentar mal as vacas adultas logo não produzem o máximo possível (podia afectar tambem as novilhas, por isso não se verifica) ou houve progressão genética (só em explorações com vacas adultas de baixo potencial genético).
- Elevada taxa de refugo de animais por aumento do potencial genético. Mantinha-se as novilhas por terem maior merito genético.
- Em explorações com elevado potencial genético, o incremento não era tão elevado. Não fazia sentido ficar com todas as novilhas, apenas mantinham as melhores para substituir os animais refugados, o excesso era vendido.
- Aumento da eficiência por utilização de sémen sexado (produz 90% de fêmeas).
Curva de Gordura e Proteina
Composição de leite no tanque (ex. gordura, proteina, ureia) fornecida pela empresa de recolha ou pelo contraste dá informação de como os animais respondem à dieta (ex. gordura do leite baixa associada a acidoses).
Curva de Ingestão de Matéria Seca
- Objectivo: maximizar a ingestão - aumentar a eficiencia reprodutiva, evitar problemas metabolicos e perda de peso vivo.
- Diminuição da ingestão - aumentar a concentração energética da dieta.
- Reduzida ingestão:
- % Matéria Seca < 50%
- Dietas com muita humidade reduz a ingestão de matéria seca. %MS deve ser de 50 - 60%. Ex. forragem verde, conservado depende, silagem de milho 30-40%, silagem de erva depende da ensilagem e pré-secagem.
- % Matéria Seca elevada (70-80%)
- Ex. concentrados, elevada quantidade de forragem conservada (feno)
- Podemos adicionar água à mistura para diminuir %MS e aumentar IV.
- Hidratos de carbono não estruturais < 35%
- Dietas muito fibrosas têm maior tempo de retenção no rúmen. Ex. amido, açucar, pectinas.
- Mangedouras vazias diminuem a ingestão. Espaço das mangedouras com dimensões apropriadas para todos os animais se alimentarem em simultaneo (senão animais hierarquicamente inferiores comem menos).
- Sal exportado no leite. Deve estar à disposição dos animais (regulam a sua ingestão) em blocos de lamber ou sal comum. Deve estar longe da água para os animais não estarem constantemente a lamber sal e a beber água.
- Água ad libitum, de qualidade, disponivel, temperatura não muito elevada (regulação termica).
- Alimentos com bolor ou pouco palatáveis diminuem a ingestão.
Factores Nutricionais
- Stress térmico
Os bovinos adaptam-se bem a temperaturas baixas pela produção de calor através da fermentação. O problema são as temperaturas elvadas que deprimem a ingestão voluntária. - Má ventilação
Renova o ar, reduzindo as substâncias tóxicas no ambiente que em grandes concentrações deprimem a ingestão voluntária. Ajuda a aliviar o stress térmico. - Défice de azoto e aminoacidos.
- Aumento da utilização de gorduras como fonte de energia (interfere com os microrganismos).
Curva do Peso Vivo
- Permite avaliar o estado energético da vaca.
- Está em balanço energético negativo no inicio da lactação, mas não deve perder mais de 1 ponto de condição corporal (55 kg PV, 1 kg/dia).
- Aos 60 dias deve começar a ganhar peso. A secagem deve ser feita aos 3,25-3,75.
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