Carbúnculo hemático (Antrax)
- Todas as espécies. Mais no bovino e carneiro.
- Aguda e mortal, septicémia (esplenomegália, infiltração sero-hemorrágica do tecido subcutâneo e subseroso).
- Forma cutânea: escoriações edematosas escuras sem cor (rapido Tx com AB).
- Bacillus anthracis: bastonete não-movel gram +, aerobio, anaeróbio facultativo, capsula, esporula (O2, ↓ nutrientes - resistente, germina quando ingerido).
- Susceptivos: herbivoros (extensivo), avestruz. Resistentes: suínos, carnivoros, jovens, aves.
- Epidemiologia: mundial, + trópicos e subtrópicos. Doença telúrica.
- Clima: solos alcalinos e calcários ricos em nitratos. Medidas profiláticas leva a regressão.
- Transmissão: ambiente (ossos, residuos do couro e lã), ingestão, vectores hematófagos, via aerógena, feridas → cadáveres, fezes, secreções.
- Patogénese: germina na mucosa da faringe ou intestino → forma capsula (ácido poly-D-glutamato) → multiplica no foco edematoso → dissemia por via linfática para gânglios → sangue, septicémia/toxémia → filtragem no baço → multiplicação até a morte.
- Factores de virulência: cápsula, toxinas, resistencia dos esporos.
- Toxinas proteicas:
- factor letal (LF): adenilciclase inactiva, células do coração e músculo, inibe macrofagos.
- factor edema (EF): receptor binding, células do fígado, actua na calmodulina → activa a adenilciclase → aumenta cAMP → ↑ permeabilidade.
- PA: moléculas de adesão necessária a ambas (transporte).
- Lesões, morte de células fagociticas, interfere com factores da coagulação, edema, choque, hemorragia e morte rápida.
- Forma hiperaguda: morte repentina por afecção cerebral (sinais neurológicos).
- Forma aguda/subaguda: anorexia, ↓ produção, hematúria, dispneia, taquipneia, agravamento até morte com asfixia - bovinos.
- Forma crónica: sem sintomas, edema no pescoço, morte por asfixia, suínos.
- Diagnóstico: amostras (sangue, edema, gânglios), isolamento, serologia, inoculação em cobaios.
- Necropsia não aconselhada: forma vegetativa + O2 → esporula → ambiente.
- Teste de Ascoli: resulta da reacção de anticorpos conhecidos com antigénios do antrax solúveis (tóxinas) utilizando o exsudado de orgãos. (Aglutinação = Ac+bacterias).
- Tratamento: precoce, contínuo por 5 dias, soro hiperimune (SC/IV), AB (penicilina, streptomicina, eritromicina, tetraciclina).
- Profilaxia: vacinação anual, declaração obrigatória, destruição de cadaveres e leite contaminado, sequestro de explorações infectadas (3sem), eliminação de fontes.
- Desinfecção: lixiva e NaOH 10%, fervura (utensilios), ácido paracético, óxido de etileno, formaldeído (couro e lã).
- Vacinas: cultura a 42º ↓ virulencia, variantes avirulentas + saponina, bost anual.
- Homem: cutânea, pulmonar, intestinal, meningite aguda. Vacinação.
Gurma
- Streptococcus equi equi: gram +, aerobia, por via nasal e secreções orais.
- Muito contagiosa
- Provoca linfadenite purulenta generalizada na cabeça e pescoço em equinos.
- Sinais: descargas nasais, febre, linfoadenopatia, (anorexia, dispneia).
- Diagnóstico: resposta imune a proteina-M no sangue (interpretação difícil: vacinação/infecção recente, doença imunomediada, estirpes alteradas), cultura (aspiração, lavagem da bolsa gutural), PCR (sensível, distingue estirpes).
- Infecção Atipica: empiema das bolsas guturais, estirpes alteradas (por ↑ virulencia ou ↓ defesas, oculto com infecção interna no torax e abdomen - ecografia).
- Complicação - púrpura hemorragica: complexos ac-ag → vasculite. (Outras: queratite ulcerativa, artrite septica, abcessos paravertebrais, colica, agalactia).
- Complicação rara - miosite por steptococcus: defesas bacterianas activam resposta auto-imune (proteina M), ac atacam musculo (IgG).
- Infecção persistente: portadores assintomáticos, até 90 dias na bolsa gutural.
- Vacinação: risco-beneficio (< protecção que infecção), + usada é de Strep modificado intranasal mas tem muitos efeitos secundários, proteina M purificada.
- Prevenção: parar os movimentos, quarentina, temperaturas, monitorizar cavalos recuperados
- Transmissão: principal por contacto directo (nariz), secundária por fomites.
- Desinfecção: banho de pressão, solução lixivia a 10%, banho a pressão, espalhar calcário.
Lumpy skin disease
- Poxviridae Capripoxvirus (não diferenciado por sorologia do pox de ovelhas e caprinos).
- Africa
- Importância económica: emaciação, ↓ produção, aborto, mastite secundaria, ↓ fertilidade, lesão do couro, fraqueza.
- Morbilidade variavel (3-85%), mortalidade baixa (alguns surtos pode ser 85%).
- Transmissão: insectos hematófagos, (contacto directo - lesões, secreções, musculos), não há portadores, resistente à dissecação e relacionado com movimentos de gado.
- Sinais: incubação 2 a 5 sem, infecção aparente (+ vitelos), desenvolvimento de nódulos, ↓ produção de leite, infecções secundárias, rinite, conjuntivite, fraqueza, aborto e esterilidade.
- Nódulos: firmes, elevados e circulares, na cabeça, pescoço, úbere, perineo e pernas. Centros de material necrotico.
- Lesões pós-morte: nódulos na pele e pulmão, lesão na membrana mucosa do GI, hemorragias no baço, fígado e rúmen.
- Contactar autoridades, mandar amostras em condições de segurança para laboratorios autorizados.
- Diagnóstico: isolamento, microscopia electronica (+ história clinica), sorologia (pode haver reacção cruzada com outros poxvirus).
- Tratamento: bons cuidados, antibioticos (inf 2ª), até 6 meses.
- Desinfecção: éter, cloroformio, formalina, detergentes, fenol (agente resiste até 35 dias).
- Controlo endémico: vacinar, controlo de insectos.
- Controlo não-endémico: algumas restrições, quarentena, limpeza e desinfecção, despovoamento.
- Vacinas: áreass endemicas, atenuada LSD (até 3 anos), vacina pox de ovinos e caprinos (reacções locais).
Brucelose
Doença provocada por Brucellae, com caracter crónico e que afecta o sistema reprodutivo. Tem grande importância económica. É de declaração obrigatoria, erradicação, zoonose.- Brucellae
- Doença crónica: após infectado persiste para a vida. No sistema reprodutivo. Eliminada no leite, urina, produtos biológicos.
- Gram -, Ag LPS e membrana, resistencia: 4m no leite, urina, água e solos húmidos.
- Hospedeiro preferencial: reservatório. Tropismo para o Eritritol, hormona no útero gravido.
- Cocobacilos pequenos não moveis, não formam esporos, aeróbios, podem requerer CO2 no isolamento, meios enriquecidos com sangue ou soro, período de incubação longo.
- B. abortus - bovinos, B. melitensis - ovino e caprino, B. canis - cão, B. suis - suíno.
- Zoonose (Bruce, Bang, Evans), intracelular facultativo. Animal doente = manada infectada = Quarentena, elevado significado económico.
- Patogénese
- Infecção via membranas mucosas (GI, genital) e pele, disseminação linfática e hepática (replicarão em fagócitos), órgãos parenquimatosos com focos granulosos.
- Imunidade celular + importante.
- Vacinação protege de abortos, controlo. Vacinas inactivadas ou vivas atenuadas. A vacinação depende da prevalencia na área.Rev1 - via conjuntival nos pequenos ruminantes.
Rv51 - bovinos. - Intracelular facultativo. Lisas mais virulentas (B. melitensis, B. abortus, B. suis) que rugosas (B. canis e B. ovis) - diferente concentração MuA (Ag de parede).
- Brucela intradermica pode formar granuloma.
- Divisão lenta, factores de sobrevivência intracelular: adenina e guanina monofosfato. Inibe fusão de fagosoma-lisossoma por factores solúveis, resistência a ácidos intra-fagossómicos, eliminação por activação de macrofagos (resposta Th1), cioquiras TNFa, TNFg, IL1, IL12.
- Eritritol: testiculo, placenta de bovinos, ovinos, caprinos e suínos.
- Eritritol: tropismo para os ruminantes (+++), porcas mais resistentes (-).
- Sinais clinicos
- Aborto, metrite, artrite, infertilidade, retenção placentária.
- Diagnóstico
- Campanhas de erradicação: fixação de complemento, rosa bengala, teste do anel no leite. 2 provas serológicas com intervalo de 3 a 12 meses, em bovinos >1 ano indemnes, em ovinos >6m não vacinados ou >18 vacinados.
- Isolamento.
- Serologia: ELISA, card test.
- Prova do anel do leite.
- Imunofluorescencia - demonstrar agente.
- Imunodiagnóstico
- Rosa bengala
Preliminar. Animais infectados reagem. Ajuda dentro de efectivos não vacinados. Pode haver falsos negativos. Nos vacinados não basta só Rosa Bengala (só após 1 ano), tem que se confirmar com fixação de complemento. - Sig - imunidade humoral. Rev, RB51 - imunidade humoral.
- Distinção de sp: bioquímica + serotipificação (aglutinação)
- Parcialmente ácido resistente, não cresce em MacConkey,
- Teste de anel no leite
- Controlo
- Com base na sorologia.
- >6 meses: intervalos min 3 meses
- Teste +: abate e limpeza, incluindo de animais filhos dos +, abate de 75% após 15 dias de notificação.
- Profilaxia sanitária (desinfecção, restrição movimentos, separar animais, destruir produtos do parto/aborto), quarentena, profilaxia médica (vacinas vivas ou inactivadas), educação.
- Imunizar zonas de prevalencia elevada (caprinos Rev1, vitelos RB51), erradicar o reservatorio.
- Inactivadas por desinfectantes e pasteurização.
- Cultivo 3 - 21 dias, colónias pequenas translúcidas, não hemoliticas.
- Distribuição
- Zoonose.
- Distribuição mundial (+ Mediterraneo, Arabias, India, Mexico e America Central e Sul).
- Perdas económicas.
- Risco para produtores, veterinários, matadouros e laboratório: contracto directo, aerossóis, ingestão, via conjuntival.
- PT: erradicação, bovinos não vacinar, pqn ruminante vacinar, teste e abate. Eliminação dos produtos. Prevalencia não disseminada, + Algarve e Trás-os-montes. Açores com incidência elevada (vacina de pequenos ruminantes e bovinos).
- Bovino: teste anual, abate dos positivos, vacina RB51 nos açores.
- Pequeno Ruminantes: vacina Rev1, teste e abate.
- Perdas económicas: reprodução, aborto, metrites, morte, diminui produção, infertilidade, intervalo entre lactações, programas de controlo.
- B. melitensis (lisa - virulenta)
- Caprinos, ovinos, (suínos, bovino, antílopes, cães, camelos, homem).
- Aborto tardio, retenção placentária, borregos fracos ou mortos, lesão articular e periarticular (caprinos).
- B. ovis (rugosa - não virulenta)
- Abortos, problemas de fertilidade, orquite, epididimite, microrganismos no sémen.
- B. abortus (lisa - virulenta)
- Bovinos, (outros ruminantes).
- Aborto no ultimo trimestre, retenção planetária, endometrite, vitelos mortos ou fracos (dificuldades respiratórias e infecção pulmonar), baixa produção de leite.
- B. suis (lisa - virulenta)
- Bacteremia prolongada, aborto (inicio ou fim), problemas de fertilidade (temporário em porcas, orquite unilateral em varrascos, claudicação, paralise posterior, metrite, abcessos).
- Biovars 1-3, doença nos homens associado a matadouro.
- B. Canis (rugosa - não virulenta)
- Cães susceptíveis a B.melitensis, B.abortus, B. suis.
- Causa abortos (ultimo trimeste), corrimento vaginal, bacteriémia, falha na concepção, nados-mortos, epididimite.
- Equinos
- B. abortus, (B. suis).
- Fístulas: inflamação da bursa supraspinosa (exsudativo, líquido viscoso claro, pode rupturar).
- Animais selvagens
- B. melitensis, B. abortus, B. suis. B. canis.
- B. pinnipedialis e B. ceti: baleias e focas.
- B. microti.
Febre Aftosa - Foot and mouth disease (FMD)
- Aguda, muito contagiosa. Endemico Asia, Africa, America S, pt Europa.
- Lesões vesiculares, erosões e úlceras - boca, gld mamaria, patas (interdigital, banda coronaria).
- Declaração obrigatória. Importância económica (- produção).
- Mortalidade em vitelos - necrose miocardica, pneumonia bacteriana secundária.
- Hospedeiros: + susc bovino e suino, + leve ovinos e caprinos, outros biungulados.
- Etiologia: virus FMDV, picornavirus Aphtovirus, 7 serotipos (60 subtipos - vacina pode não proteger, imunidade curta).
- Virus muito resistentes no ambiente. Inactivação por luz solar, pH baixo, T elevada. Desinfectantes: hidróxido de sódio, ácido acético.
- Transmissão: contacto directo/indirecto, vectores animados (humanos), vectores inanimados.
- Origem do vírus: animais, excresces, produtos, sémen, pessoas (bovinos excretam de 6-24 meses).
- Patofisiologia: infecta mucosa faríngea e digestiva - disseminação local e sistemica (febre, vesiculas) - replica no estrato espinhoso (separa epitelio superficial e basal = vesicula) - queda da camada superficial (erosão).
- Sinais: febre, depressão, anorexia, salivação, lip smacking, secreção nasal, claudicação, quebra na produção de leite, lesões vesiculares.
- Bovinos: reduz produção 2-3 dias, ruptura de vesículas após 24h, recuperação em 8-15d. Complicações: erosões na língua, inf secundaria, deformação de cascos, mastites, miocardite, aborto, perda de peso, perda irreversível de produção (destruição permanente do epitelio mamario).
- Ovinos/caprinos: lesões menos pronunciadas, agalactia, morte de jovens.
- Suínos: lesões severas nas patas (chão cimento), elevada mortalidade em leitões.
- DD: estomatite vesicular, febre catarral maligna, IBR severa.
- Amostras: epitelio vesicular (meio transporte pH 7,2-7,4, refrigerar), liquido esofagico e da faringe (-40ºC).
- Diagnostico: ELISA, fixação complemento, isolamento viral, teste neutralização.
- Tratamento: Endemico: AB, alimento macio, quarentena, erradicação, revacinação. Prognóstico: boa sobrevivência, < produção e aborto - refugo.
- Cotrolo: Endemico - vacinação e quarentena. Livre - leis UE, rápida identificação de surtos, quarentena, abate, vacinação de emergência.
- Vacinas: especificas para o tipo (inactivadas trivalentes AOC na UE), imunidade de curta duração (2-3x/ano), novas com óleo 1x/ano, protecção parcial (doença subclinica).Controlo UE: abate em 3km, restrição de movimento 10km, anel de vacinação, reconhecimento precoce e rapidez de acção.
Virus Schmallenberg
- SNC, ruminantes
- Febre, redução da produção de leite, anorexia, diarreia, abortos, malformações fetais, nados-mortos, mortes em animais jovens.
- Orthobunyavirus, Bunyariviridae SBV
- PCR
- Antrogripose, hipoplasia, hidranencefalia.
Rift Valley fever
- Aguda e febril, abortos e mortes em animais jovens (+++) - ovinos, bovinos, caprinos. Na lista A da OIE.
- Humanos: encefalites e febre hemorragica, mortalidade <1%, inaparente ou sintomas de gripe, febre, dor de cabeça, nauseas, vómitos, retinopatia, recupera 4-7 dias. ELISA e demonstração do agente (Ag). Tx: sintomatico, suporte, Ribavinina.
- Agente: Phlebovirus (Bunyaviridae), estavel de 23 - 50ºC e 50-85% de humidade, inactivado por solventes lipidicos, detergentes e pH baixo.
- Transmissão por mosquito: Aedesspecies (transovarica, ovos eclodem com chuva).
- Hospedeiro amplificadores: mosquitos Culez e Anopheles (vectores secundários) - disseminação rápida. Homem infectado desenvolve elevada virémia e infecta mosquitos (não há transmissão humano-humano).
- Contacto directo ou aerossóis: tecidos, fluidos, fetos, abates, necropsias.
- Ovinos e caprinos: PI <3d, elevada taxa de aborto, assintomatico, diarreia, ictericia, descarga nasal mucopurulenta, morte aguda (20-30%).
- Borregos: PI <36h, morte neonatal, febre, anorexia, mortalidade elevada.
- Bovinos adultos: Febre, fraqueza, anorexia, diarreia fétida, ictericia, abortos, vitelos semelhantes a borregos, mortalidade 10-70%.
- Cães: abortos, doença severa e morte em cachorros. Gatos: morte jovens. Cavalos: viremia mas resistentes. Suínos: resistentes. Aves: refractárias.
- Necropsia: Necrose hepática (hepatomegalia, ictericia, friável, petéquias).
- Controlo: vacina em áreas endémicas, controlo de vectores, restrição de movimento, limpeza e desinceção (lixívia, virkon), informar autoridades.
- Endemica na Africa tropical, associada a chuvas intensas (fim do Verão).
- Calicivirus, Lagovirus (RHDV).
- Declaração obrigatória.
- Sem envelope lipoproteico, sensível a tripsina, genoma RNA simples.
- Altamente contagioso, agudo, fatal. Jovens = subclinica. Semelhante a EBHS.
- Sobreviventes são portadores e excretam virus por 1 mês.
- Endémico da Europa, Australia (controlo de população), Nova Zelandia.Transmissão: aerossol, contacto directo, fomites, vectores hematófagos - secreções, excreções, pelo, carcaças.
- Patogenia: lesão endotelial, necrose hepática, CID, hemoragias. Fígado > titulo de vírus, seguido do baço e soro. PI 1 a 3 dias, mortalidade subita até 90%.
- Sintomas: dispneia, palpebras congestionadas, inquietude, actividade violenta, giros, gritos agudos, colapso, morte, secreção nasal hemorragica.
- Necropsia: hepatite necrótica (congestionado, padrão lobular), esplenomegalia, gastrite catarral. Subaguda e cronica - descoloração icterica.
- Diagnóstico: ELISA (Ag/Ac), hemaglutinação (fígado, baço, pulmão - usa eritrocitos do sangue humano tipo 0, único que reage), inibição da hemaglutinação (soro). Dados clinicos (+ morte) + sinais + detecção.
- DD: pasteurelose, mixomatose atípica, enterotoxémia, intoxicações, esgotamento por calor.
- Controlo: vacina inactivada (não DIVA) - vacinação de reprodutoras e animais das 12 a 14 semanas (revacinação anual). Refugo de animais com sinais - carne infecta mamiferos - sem sinais. Repensar vacinas devido a novas estirpes.
- RHDV clássica - até 6 semanas são resistentes mas podem ser portadores (focos lesionais no fígado), depois são susceptiveis, elevada mortalidade.
- RDHV variante A - afecta <6 semanas e vacinados, aparece em surtos, inicialmente na China, também em Portugal. Diferenciação por VP60.
- RHVD2 - nova estirpe, jovens susceptíveis, menos virulento, menor mortalidade, período mais longo (subagudo a crónico).
Mixomatose - coelhos
- Virus Myxoma, Poxviridae, Leporipoxvirus (virus de DNA).
- Associado à variola: lesões tipo granulomatoso, proliferação celular.
- Relacionado Ag virus do Fibroma de Shope.
- Lesões mixomatosas oculares, labios e cutâneas (tipo nodular).
- Fatal no coelho doméstico e selvagem. Lebres são resistentes (reservatório).
- Transmissão: contacto directo, vectores - pulgas e mosquitos.
- Jovens (<2m) são mais resistentes.
- Sinais: conjuntivite, secreção ocular, letargia, anorexia, febre, edema das palpebras, vulva/escroto edematoso, secreção nasal purulenta, nódulos na pele, morte.
- Formas: classica (aguda, 20-100% mort.), atípica nodular (50% mort., 40d), atípica respiratoria (pneumonia).
- Diagnóstico: lesões características na necropsia - edema subcutâneo, lesões cutâneas nodulares, conjuntivite. ELISA, imunodifusão em gel. Isolamento viral, PCR - enviar lesões.
- Controlo: não há Tx, vectores. Vacina vivas atenuadas ou inactivadas (ID ou SC). Homologas ou heterodoxas (vírus fibroma de shope - > resposta imune). A partir das 3-4 semanas, revalidação anual ou a cada 6 meses em zonas endémicas.
- Perdas económicas.
- Mecanismos: mal-absorção, secretória, osmótica, motilidade anormal, hidrostática.
- Etiologia: E. coli pode não ser agente único - multifactorial
- <1 mês: E. coli, rotavirus, coronavirus, clostridium perfringens.
- 1-6 meses: cryptosporidium spp, salmonela spp.
- Parasitas GI. Outro agentes sinergicos.
- Factores: maneio, agente, ambiente, hospedeiro.
- Falha na transferencia de imunidade pelo colostro.Colibacilose: Flora -> patogénica por expressão de factores de virulência - fímbrias, exotoxinas (F5, K99, F41 - tipificar) . Enterotoxigénica, enteropatogenica (aderência, destruição), enterohemorrágica (citotoxinas).
- Salmonelose: Diarreia e sindrome septicémico hemorrágico (agudo) em vitelos >1m, abortos. Forma septicémica mais comum, morte 24-48h, hemorragia nas mucosas e serosas.
- Enterotoxémia - Clostridium perfringens: flora -> enterite necrotico-hemorragica grave. 4 toxinas (alfa, beta, epsilon, iota), tipos B, C, D - diarreia em vitelos, sinal - intestinos repletos de gás.
- Vírus: Rotavirus (RNA) e Coronavirus (RNA), (adenovirus, calicivirus).
Coronavirus: 1º mês, infecta células das vilosidades ID e cólon (também respiratório), atrofiam, diarreia por má absorção. Mais grave em + velhos - diarreia sanguinolenta, anorexia, depressão.
Rotavirus: infecta vilosidades (enterico), nos primeiros 15d.
- Sintomatologia: severidade depende do agente, quantidade e defesa do hospedeiro. Lesão da mucosa intestinal, diarreia aguda e profusa, desidratação, progressiva desiquilibrio em electrólitos (acidose), fraqueza, anorexia, septicemia, morte.
- Hiperagudos: depressão, fraqueza, choque hipoolemico, coma e morte <24h, sem diarreia - intestino repleto liquido.
- Agudo: depende do agente. E. coli enterotoxigénica: diarreia aquasa ou pastosa, odor fétido, anorexia.
- Septicémia: 24-72h, depressão e anorexia, c/ ou s/ diarreia, sobreviventes têm artrite, meningite e pneumonia.
- Enterotoxémia: diarreia grave, cólica, sinais nevroses, morte rápida.
- Diarreia virica: amarela, leite coagulado, aquosa, com muco. Disenteria de Inverno por Corona virus - sangue nas fezes e tosse.
- Diagnóstico: etiologico impossível, por observação clinica. Material: fezes, conteúdo intestinal, GL regionais.
- E.coli: cultura, hemaglutinação (fímbrias), inoculação em murganhos (toxinas).
- Salmonela: não é flora, isolamento é etiologico, aglutinação para tipificação de estirpes.
- Clostridium perfingens: toxinas (fezes, conteúdo intestinal), letais quando inoculadas, SN com antitoxinas.
- Virus: microscopia electrónica (pouco especifico, necessita elevada carga viral), imunoelectromicroscopia, isolamento em citocultura (algumas estirpes não multiplicam), métodos imunológicos (Ac).
- Tratamento: sintomatico - repor liquidos e electrolitos, AB, maneio nutricional e higiénico.
- Controlo: diminuir exposição, higiene, colostro (vacinação pré-parto vaca gestante). Vacinas com complexos multietiologicos: Rota, Corona, E.coli, toxocoide de C. perfrigens. Corrigir factores de risco.
Border disease / hairy shaker disease
- Ovelhas
- Pestivirus (border disease virus)
- Aborto, nados-mortos, infertilidade em fêmeas
- Infecção congenita. Borregos no utero tornam-se imunotolerantes e virémicos.
- Ovelhas permanentemente infectadas. Adultos com viremia inaparente e imunidade.
- Sinais
- SNC, pêlo, esqueleto
- Viabilidade reduzida
- Mais marcados em recem-nascidos (infecção <50d).
- Diagnóstico
- Antigénio: isolamento viral, IFAT, ELISA, PCR (abomaso, pancreas, rins).
- Anticorpo: SNT, ELISA, AGID, CFT, BVDV (dificil em infectados).
- Epidemiologia: transmissão verticar e horizontal via membranas mucosas
- Controlo
- Separar ovelhas prenhas não infectadas durante os primeiros 60 dias.
- Vacina inactivada - vacinar as fêmeas antes da reprodução.
- Testar e eliminar portadores
Carbunculo Sintomático
- Bovinos e Pequenos Ruminantes.
- Clostridium chauvoei.
- Enfisematosa de curso agudo, edemas gasosos nas massas musculares, afecção dos membros anteriores.
- Não contagiosa.
- Susceptibilidade nas idades dos 4 a 24 meses.
- Epidemiologia
- Esporos resistentes - ingeridos (Primavera e Verão), por feridas ou via endogena.
- Patogenese
- Parasita do trato GI, podendo ser transportado ao fígado -> circulação -> musculatura.
- Dormente nos musculos.
- Trauma desencadeia multiplicação e toxinas responsaveis pela lesão: necrose, morte, (leucocidina, DNAse, hialuronidase, hemolisinas).
- Expansão do microrganismo e metabolismo com produção de gás -> tumefacção dos membros.
- Dano do miocardio por toxemia.
- Morte rápida.
- Sintomas
- Hipertermia, claudicação e tumefacção dos membros.
- Morte em 1 a 2 dias.
- Imunidade
- Recuperação confere imunidade.
- Protecção antibacteriana e antitóxica.
- Diagnóstico
- Bacteriologico, IFA
- Clinico
- Tratamento
- Soro hiperimune.
- Antibioterapia (penicilina).
- Controlo
- Zonas livres: evitar entrada, vacinação.
- Surtos: controlo normal - isolar animais, tratar camas e estrumes, etc.
- Infectadas: vacinação dos bovinos aos 3 a 6 meses e reforço anual, vacinação de ovinos ao 1º ano, reforço 4 semanas antes do pasto ou antes do parto, tosquia ou castração.
Diarreia vírica dos bovinos / Doença das mucosas (BVD)
- Infecção inaparente / respiratória, GI, feto / doença hemorragica ou sistemica / imunossupressão.
- Pestivirus.
- Biotipos:
- Não citopaticos (ncp): agudo, infecção persistente.
- Citopaticos (cp): MD.
- Animais persistentemente infectados (PI): 1 a 2%.
- Transmissão:
- Descargas nasais e orais, urina, fezes.
- Sémen, transferencia de embriões.
- Contacto directo e indirecto.
- Horizontal e vertical.
- PI - reservatório.
- Patogenia
- Infecção oro-nasal: replicação na mucosa oro-nasal com viremia, sinais locais e imunossupressão.
- Infecção intrauterina.
- Animais imunocompetente
- Subclinica / suave: diminuição da produção de leite, diarreia, febre.
- Imunossupressão: diarreia (salmonella), mamites crónicas, doença respiratória.
- BVDV 2 : sindrome hemorragico severo.
- Fêmea prenha
- Morte fetal e falhas reprodutivas.
- Primeiro trimestre (40-120): vitelo PI -> MD -> anticorpo negativo e antigenio positivo.
- Segundo trimestre (90-180): anomalias fetais, hipoplasia cerebelar, cataratas, anticorpos / virus positivo ou negativo.
- Terceiro trimestre: desenvolve anticorpos (antigenio negativo), fraco à nascença, mais doentio, anticorpo positivo.
- Fêmea se não PI desenvolve Ac que passa como imunidade passiva por colostro (protecção dos vitelos, interfere com vacinação).
- Vitelos (<4 meses) PI podem testar Ac positivo devido ao colostro.
- Vitelos Persistentemente Infectados (PI)
- Anticorpos colostrais podem mascaram.
- Excretam o virus continuamente.
- Sem reconhecimento pelo sistema imunitario.
- Fracos, baixa conversão.
- Podem morrer de Doenças das Mucosas.
- Doença das Mucosas
- Fatal nos primeiros 2 anos.
- Agudo (2-3sem): febre, anorexia, emaciação, lesões digitais, erosões da mucosa oral e trato GI.
- Crónico: diarreias intermitentes, timpanismo crónico, sinais dermatologicos e laminites.
- p80
- Virus CP antigenicamente relacionado.
- Baixa morbilidade e alta mortalidade.
- Lesões ulcerativas das mucosas, morte entre 2 dias a 3 semanas.
- Resulta da alteração do biotipo ncp a cp: mutação, recombinação.
- Estirpe cp analoga a ncp: disseminação da cp para outros PI - surto de MD.
- Estirpe heterologa: animal PI pode produzir anticorpos.
- Diagnóstico
- Teste no efectivo: sangue / leite pooled: Ac (s/ vacina) ou Ag (isolamento, ELISA, PCR).
- Individual: Ag, seroconversão pareada.
- Demonstração do virus: PCR, ELISA, isolamento, imunohistoquimica / IFA.
- Seroconversão: ELISA, teste de neutralização.
- Controlo
- Eliminar PI.
- Previnir introdução.
- Vacinação
- Vacinas vivas e inactivadas.
- Objectivo: previnir infecção transplancentária.
- Inactivadas tipo I.
- Boa neutralização entre BVDVs.
- Reduz a doença por BVDV.
- A maioria das explorações leiteiras (>90%) com BVDV.
- Exploração infectada - "erradicar".
- Não existem vacinas marcadas.
- Programa de controlo estrategico.
Doenças Priónicas
- Prião: particula infecciosa proteica.
- Resistente à incativação: PrPres (proteina priónica resistente)
- PrPsc: proteina priónica scrapie.
- Isoforma anormal: PrPC.
- PrPC existe em todos os animais com pequenas diferenças.
- PrPC - Proteina Priónica Celular
- Normal, presente em todas as células na sua superficie (sinapse).
- Forma em alfa-helice, soluvel.
- Patologica:
- Conformação anormal do prião (pregueamento) em folha-beta.
- PrPSc interage com PrPC causando alteração da conformação originando novas PrPSc.
- Resistente à inactivação, agentes fisicos e quimicos.
- Tratamento com metais quelantes, ácidos, formalina, hidroxilamina, proteases
- Inactivação do Prião
- NaOH 2M por 1 hora.
- Autoclavagem: 134 a 137º por 30' a 3 bars, ou 6 ciclos sucessivos de 134 a 137º de 3'.
- Hipoclorito de sódio por 1 hora.
- Incineração.
- Amostras histologicas - ác. formico 96% por 1h após fixação.
- Blocos de parafina - imersão em ac. formico 96% por 5'.
- Movimento do prião
- Via oral > absorção no ileo (placas de peyer) > fagocitado por cels linfoides > tecidos linforeticulares > terminações nervosas (n. vago) > neurotropismo.
- Sistema linfoide - transporte.
- Replicação do PrPSc por conversão.
- Modelo Heterodímero
- Barreira energetica impede a conversão espontanea de PrPC em PrPSc (PrPC em estado energético mais baixo).
- PrPC redobra-se para adquirir o estado energetico usando PrSc como modelo.
- Modelo de nucleação / polimerização nucleada
- As duas formas existem em equilibrio termodinamico reversivel.
- Nucleo com agregação irreversivel e intensa conversão.
- Acumulação de PrPSC - aspecto espongiforme - formação de fibrilas.
- Susceptibilidade
- Inoculação do prião, gene PrP, transmissão entre especies é estocastico (pouco eficaz e longa incubação) mas quando atravessa a barreira da espécie o tempo de incubação diminui.
- Gene altamente conservado: 90% homologia.
- Doenças Neurodegenerativas por prião
- Encefalopatias Espongiformes Transmissiveis
- Alterações espongiformes: vacuolos e perda neuronal.
- Nova Variante Creutzfelt Jakob Disease
- Codão 129 do gene PrP.
- Heterozigoticos: maior periodo de incubação, portadores subclinicos.
- Electroencefalograma, RM, histopatologia, imunohistoquimica, Western Blot.
- Scrapie Clássico
- 2 a 5 anos após infecção.
- Sobrevivencia após inicio dos sinais por 1 a 6 meses.
- Susceptibilidade genética: variação de três codões (136, 154, 171).
- Sensiveis VRQ / VRQ.
- Resistentes ARR / ARR.
- Alterações comportamentais e sensoriais (prurido, hipersensibilidade cutanea).
- Alterações da postura e movimento (ataxia, tremores, bruxismo).
- Perda de peso, polidipsia, poliuria, fraqueza, cegueira, morte subita.
- Scrapie Atipica
- Vacuolização do neuropilo.
- Deposição no cerebelo e córtex.
- Lesões restritas do tronco cerebelar.
- Vigilância activa.
- Média de idade superior (6,5 anos).
- Podem morrer sem sinais clinicos.
- Ataxia, ansiedade, perda de peso, andar em circulos.
- Prurido e perda de lã não é observada.
- Disfunção cerebelar.
- Deficies de propriocepção: incoordenação.
- Diagnostico
- Histopatologico, imunohistoquimica.
- Determinante da susceptibilidade à doença (genética): polimorfismo do codão 141 (leucina / fenilalamina).
- Plano de Vigilância, Controlo e Erradicação
- Vigilância passiva: testar todos os suspeitos clinicos.
- Vigilância activa: testar animais saudáveis abatidos para consumo ou que morram na exploração. testagem de efectivos infectados.
- Conclusões
- Formas atípicas de TE identificadas em todo o território continental.
- Casos atipicios em vários genótipos, mesmo nos resistentes à forma classica.
- Perfil lesional e electroforetico.
Mastites
- Contagem de Células Somáticas
- Inflamação com aumento do nº de celulas somáticas.
- CCS ou SCC: milhares de cels por ml de leite.
- Diminuir a CCS significa baixo nivel de infecções, aumenta a produção e garante leite de melhor condição sanitária.
- Mastite clinica: alteração lactea de aspecto aquoso, sanguinolento, purulento, grumos ou floculos. Sintomas gerais por E.coli.
- Mastites subclinicas: sem alteração, aumento do CCS, principal causa de perdas na produção de leite e economicamente graves.
- Mastites crónicas: intermitentes subclinicas ou clinicas, programa de controlo com eliminação dos infectados (grande risco de contagio).
- Etiologia
- Glândula mamária não possui flora normal.
- As mamites são por um nº restrito: Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Escherichia coli, Staphilococcus coagulase-negatico, Mycoplasma.
- Ambientais: E.coli, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas, Serratia, Proteus, Streptococcus uberis, S. dysgalactiae, leveduras, algas (acesso por ambiente).
- Contagiosas: S. aureus, S. agalactiae, Corynebacterium bovis, Mycoplasma spp(gl. mamária como reservatorio).
- Patogenia
- Exposição exogena.
- Defesa da glandula mamária: lipidos bactericidas, mucosa, IgA, IgM, IgG, leucocitos, lactoferrina.
- Factores predisponenetes: ordenha excessiva, excesso de vacuo, entrada de ar, factores associados ao animal (deficiencia dos mecanismos de defesa).
- Factores de virulencia.
- Cronicidade principalmente em Staphylococcus (sobrevivencia intracelular).
- Cura espontanea ou clinica.
- Diagnóstico
- Prova de estábulo.
- Isolamento laboratorial.
- Identificação e antibiograma.
- Testes indirectos: teste de Whiteside, CMT, CCS.
- Tratamento
- Identificação de agente e antibiograma.
- Eliminar e diminuir.
- Prevenir.
Rinotraiqueite Infecciosa dos Bovinos (IBR)
- Alfa-herpesvirus (DNA).
- BHV-1.
- Envelope com glicoproteina gE.
- Subtipos
- Subtipo 1: respiratório (IBR) / aborto.
- Subtipo 1.2a: reprodutivo / aborto.
- Subtipo 1.3b: reprodutivo.
- Vulvovaginite pustular infecciosa (IPV)
- Trato respiratório superior e inferior.
- Vulvovaginites, balanopostites e descargas mucopurulentas.
- Problemas oculares e entericos.
- Aborto.
- Quebra na produção leiteira.
- Morte.
- Importância
- Lesões mucocutâneas com infecções bacterianas secundárias.
- Transmissão
- Contacto com secreções, mucosas, sémen.
- Especificidade para cels. epiteliais do trato respiratório superior, cels. da mucosa vaginal e do prepucio, cels. da conjuntiva.
- Latencia no SNP e SNC, ganglios linfaticos (produção de proteinas que evitam apoptose). Reactivação face a stress.
- Diagnóstico BoHV-1
- Isolamento, imunohistoquimica, imunofluorescencia, PCR, serologia
- Controlo sem vacinação
- Niveis minimos de seropositivos.
- Abate de animais seropositivos.
- Baixo custo, eficiente.
- Problema: animais seronegativos com infecção latente.
- Controlo com vacinação
- Vacinas inactivadas
- Vantagem: não provoca aborto, mais seguras.
- Desvatagens: pouco eficaz, duas doses, não permite distição (não DIVA).
- Vacinas vivas atenuadas
- Vantagem: prevenção de sinais clinicos, uma dose, acção rapida, imunidade prolongada.
- Desvantagens: pode provocar aborto, excreção do virus vacinal, não permite distinção.
- Vacinas de subunidades e DNA (proteinas seleccionadas do genoma viral)
- Vantagem: vacina contra gene que codifica a glicoproteina gD.
- Desvantagem: menos eficaz, não previne sinais.
- Vacinas marcadas (delecção de genes estruturais gE - DIVA)
- Vantagem: mais seguras, permitem distenção de vacinados.
- Desvantagem: possivel recombinação de virus, custos de purificação elevados.
- Conclusão
- Animais soropositivos: vacinação.
- Animais soronegativos: vacinação se a zona for de alta prevalencia, boas estrategias de maneio.
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB / BSE)
- Etiologia: scrapie ou agente bovino desconhecido. Mutação espontânea do Pr nos bovinas.
- Transmissão possivel:
- Vacinas, hormonas, outros produtos biologicos.
- Contacto directo / indirecto com ovelhas infectadas.
- Sémen.
- Alimento.
- Farina de Carne e Osso (FCO)
- Explorações com casos de BSE no Reino Unido utilizavam FCO na alimentação.
- Por alteração do processo de fabrico, contaminação cruzada na fabrica e utilização indevida de alimento compostos destinados a outros animais.
- Portugal
- Notificação obrigatória.
- Raça frisia de bovinos leiteiros.
- Transmissão:
- Via alimentar.
- Transmissão horizontal sem significado, baixa incidencia.
- Transmissão vertical pouco provavel.
- Sinais
- Sintomatologia associada a factores estimulantes.
- Inferior a duas semanas e até um ano.
- Alterações do estado mental: apreensão, nervosismo, isolamento do rebanho, relutancia, agressividade, reacções imprevisiveis / panico, olhar intenso, bruxismo, ptialtismo.
- Alteração da postura e movimento: ataxia dos MP, mioclonia, queda, fraqueza muscular MP, espasticidade e hipermetria, cambalear, posição de descanso alterada.
- Alteração de sensibilidade: hiperestesia ao tacto, som e luz, estremecer da cabeça, contracção do paniculo cutaneo / quartos anteriores / todo o corpo, hiperestesia do tracto respiratorio, prurido e alipecia ocasionais.
- Sinais gerais
- Alteração do SNA: bradicardia paradoxal e disturbios do ritmo cardiaco, baixa reacção ªa xilazina e pentotal de sódio, diminuição da ruminção.
- Alteração somática: perda de peso com apetite normal, diminuição da produção leiteira, animais sem febre.
Língua Azul / Febre Catarral Ovina
- Não contagiosa.
- Programa Nacional de Vigilância: vigilancia clinica, serologica e entomologica.
- Declaração obrigatória.
- Plano de Controlo e Erradicação:
- Quarentena e controlo dos movimentos, controlo dos animis, vigilancia, definição de zonas livres e zonas afectadas, vigilancia serologica, testes, vacinação de ovinos e bovinos.
- 2001: alargamento da área geografica sujeita a restrições.
- Vectores hematófagos: Culicoides injectam virus (replica-se na gl. salivar do vector).
- C. imicola
- C. obsoletus
- C. pulicaris
- Vírus Lígua Azul (BTV)
- Arbovirus, familia Reoviridae, genero Orbivirus (dsRNA), 24 serotipos.
- Não contagiosa, de ovinos.
- Outros Orbivirus
- African horse sickness virus (AHSV)
- Bluetongue virus (BTV)
- Epidemiologia e Transmissão
- Vectores culicoides.
- Afecta todos os ruminantes, mas é severa no ovino.
- Ruminantes selvagens podem ser reservatórios.
- Zonas tropicais o vector mantêm-se. Zonas temperadas pode ser por transporte de animais ou infecção do vector.
- Ovinos
- Salivação (sialorreia), descarga nasal, edema facial.
- Coronite (inflamação da banda coronária), claudicação.
- Febre, depressão, inflamação, ulceras, erosões na mucosa oral e nasal.
- Glossite e lingua inchada, fragilidade vascular (pequenas hemorragias em zonas de fricção).
- Hiperémia do focinho, labios e orelhas, edema subcutâneo submandibular e supraorbital.
- Conjuntivite, dispneia, pneumonia.
- Aborto ou anomalias fetais.
- Morte em 8 a 10 dias.
- Bovinos e Caprinos
- Morbilidade até 5%.
- Subclinicos.
- Erosões, crostas no nariz e tetos, coronite, falha reprodutiva.
- Antilope
- Severo: hemorragia, morte.
- Morbilidade até 100%.
- Mortalidade até 80-90%.
- Diagnóstico
- Lingua inchada e cianótica.
- Análise virologica: isolamento, IF, ELISA, serotipagem por neutralização.
- Analise serologica: ELISA, AGID, seroneutralização, FC.
- PCR.
- Profilaxia Sanitária
- Zonas livres: quarentena e vigilancia serologica, controlo de vectores, desinsectização dos animais nos movimentos.
- Zonas infectadas: estudos entomologicos, controlo de vectores, vacinação.
- Profilaxia Medica: vacinação (incorporar serotipos do surto)
- Vacinas vivas modificadas
- Monovalentes e polivalentes
- Vacina viva não utilizar em áreas endemicas durante a época de actividade do vector.
- Não vacinar ovelhas no inicio da gestação.
- Imunidade passiva de 6 meses.
- vacinas inactivadas mono e polivalentes
- Época de actividade do vector.
- Usados em bovinos.
Leucose Enzoótica dos Bovinos
- Familia Retroviridae, subfamilia Oncoviridae.
- Potencial oncogenico do virus depende da integração do gene proviral no DNA celular do hospedeiro - linfosarcoma ou linfocitose persistente.
- Retrovirus DNA
- Infecção persistente.
- Virus escapa à defesa imunitaria.
- Controlo da divisão celular.
- Ausencia de virémia.
- Transmissão
- Horizontal: por fluidos contaminados (linfocitos) e vectores.
- Vertical / transplancentária: 10 a 20% de vitelos de vacas seropositivas.
- Patogenia
- Oncovirus replicam-se em celulas em divisão.
- Inicial são portadores assintomaticos do virus.
- Linfocitose persistente (linf. B).
- Fase clinca (linfossarcoma) lenta e fatal.
- Sinais
- Disturbios digestivos e neurologicos.
- Alterações circulatórias e respiratorias.
- Adenomegalia, perda de peso, redução da produçaõ de leite, anemia.
- Incoordenção e paralise dos MP.
- Dependente da localização do tumor.
- Epidemiologia
- Bovinos de leite, principalmente mais velhos.
- Em todo o mundo.
- Impacto financeiro.
- Diagnóstico
- AGID: soro (não eficaz para leite).
- ELISA: soro de sangue ou leite (teste mais especifico).
- RIA: antigenio p25 do VLB.
- Anticorpos contra gp51 e p21.
- Controlo
- Sem tratamento e sem vacina.
- Controlo por erradicação completa ou controlo em baixos niveis.
- eliminação de animais positivos ou separação de infectados.
- Prevenção de transmissão por sangue contaminado.
- Conclusão
- Doença infecto-contagiosa com neoplasias malignas.
- Infecções iatrogenicas.
Tuberculose
- M. bovis
- Teste diferencial
- PPd bovis vs PPd aviário
- Porque pode haver reacções cruzadas, reacção a PPd bovis pode ser M.avis.
- Medição da espessura da pele às 72h.
- Se M. bovis > 4mm comparativamente à M. avis é positivo.
- Envio para laboratório
- Pode não apresentar caseificação mesmo com infecção.
- Anergia: reage à tuberculina mas não tem lesões na necropsia.
- Bacteria
- Meios exigentes, complicado de manter em cultura.
- Alternativa: metodos moleculares, teste IFNgama.
- Desenvolvimento prolongado, não descartar cedo.
- Teste IFNgama
- Não é especifico.
- Citoquina de defesa produzida por resposta celuar.
- Condição: com anticoagulante, centrifuga-se o sangue para retirar o buffy coat com os leucocitos. ELISA + PPd e incubo. Se reagirem tiveram contacto previo (produzem IFNgama especifico), pode-se medir o IFNgama (ELISA - kit).
- Tempo de incubação padronizado.
- Amostras de sangue colhidas no dia, enviadas e processadas no dia.
- Vantagem: rapido (<72h), mais rigoroso.
- Animais positivos: sequestro, abate, vazio sanitario.
- Vacina inactivada
- Estimulação menor que as vivas.
- Associam-se adjuvantes para estimular reacção.
- Adjuvante de Freunds tem componente de Mycobacterium, logo pode reagir ao teste da tuberculina.
- Animais vacinados com vacinas inactivadas para respiratório, o teste da tuberculina positivo é duvidoso.
Paratuberculose
- M. paratuberculosis.
- Sintomatologia gastrointestinal.
- Apetite mantem-se ou aumenta, mas fica emaciado.
- Parasita intracelular.
- Granulomas por hipersensibilidade.
- Excreção intermitente nas fezes - valor diagnóstico baixo, avaliação negativa pode estar afectado.
- Nem todos os afectados apresentam doença: baixa taxa apresenta sinais, aspectos associados ao individuo são responsaveis por despoletar a doença clinica.
- Infusão de anti-TNFa
- No homem, chamado doneça de Crohn.
- TNFa no homem prejudica o quadro clinic.
- Multifactorial (ex. tabaco).
Tetano
- Clostridium tetani - habitante normal do trato digestivo.
- Cavalos.
- Por feridas, cortes, umbigo de polros - não contagioso.
- Sinais
- Passado 1 a 2 semanas.
- SNC
- Rigidez muscular, imobilização, sudação, dilatação das narinas.
- Hipersensibilidade, prolapso da 3ª palpebra, parilisa dos musculos.
- >80% morrem.
- Imunização
- Vacinação anual.
- Reforço em éguas e poldros.
- Revacinar após feridas perfurantes.
Influenza Equina / Gripe Equina
- Altamente contagiosa: influenza equina.
- Transmissão por aerosol a uma distancia até 27m.
- Vacinação obrigatória para concursos hipicos.
- Sinais
- Em 1 a 3 dias.
- Tosse, corrimento nasal, conjuntivite, febre, depressão, falta de apetite.
- Recuperam em 10 dias, pode persistir por semanas.
- Gasto económico com o tratamento, tempo sem trabalhar.
- Imunização
- Dificil, constante mutação do virus.
- Protecção curta.
- Jovens tem maior risco.
- Vacinação de animais sujeitos a transporte ou exposição.
- IM ou IN.
Rinopnuemonia equina
- Herpesvirus equino tipo 1 (EHV-1) e tipo 4 (EHV-4): infecções respiratórias.
- EHV-1: aborto, morte fetal, doença neurologica.
- Patogenia
- Replicação na superficie mucosa respiratoria.
- Latencia.
- Rinofaringite, traqueobronquite, febre.
- EHV-1: febre bifasica, infecção transplancentaria (aborto), primeiro ano de vida, latencia no gl. trigemio
- Jovens até 2 anos.
- PI 2 a 10 dias.
- Transmissão: contacto directo (secreções, equipamentos, água) e aerosois.
- Portadores assintomáticos.
Anemia Infecciosa dos Equinos
- Virus replica em monocitos e macrofagos.
- Glomerulonefrite (complexos imunes), sensibilização de eritrocitos e trombocitos pelo complemento.
- Transmissão: insectos hematofagos, agulhas, animal infectado (fonte para a vida) - transferencia de celulas sanguineas.
- Sinais
- Febre intermitente, depressão.
- Fraqueza progressiva.
- Perda de peso, edema, anemia progressiva, infecção inaparente (mas pode causar morte).
- Diagnóstico
- Agar-gel imunodifusão.
- ELISA.
- Historia de perda de peso e febre recorrente, em varios animais ou após introdução de novo animal.
- Controlo
- Sem tratamento ou vacina.
- Terapia de suporte.
- Isolar o animal.
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